Pular para o conteúdo principal

RADIOGRAFIA DENTÁRIA PARA IDENTIFICAÇÃO DE OSTEOPOROSE


A osteoporose é uma doença que costuma atingir indivíduos idosos, sobretudo as mulheres. Caracteriza-se pela redução da quantidade de minerais nos ossos, sobretudo o cálcio, o que os torna mais rarefeitos e fracos, conseqüentemente mais suscetíveis a fraturas.
A prevenção da doença deve ser feita desde a juventude, uma vez que a reserva de cálcio do organismo é consolidada até o final da segunda e início da terceira década de vida. Com o avançar da idade a capacidade do organismo em reter este mineral reduz-se drasticamente. Além da melhora da alimentação, a prática regular de atividade física também contribui para a prevenção da osteoporose.
A detecção da osteoporose é realizada por meio de um exame caro, denominado densitometria óssea. O tratamento da doença inclui o uso de medicamentos que visam aumentar a força e resistências ósseas, através da maior captação de cálcio por estes ossos.
Um grupo de pesquisadores europeus publicou um estudo na revista Boné, em Janeiro de 2007, com o objetivo de avaliar a eficácia da radiografia dentária na identificação dos sinais iniciais da osteoporose, a fim de melhor definir os pacientes que devem ser submetidos a densitometria óssea. Participaram do trabalho 653 mulheres, com idades entre 45 e 70 anos.
Pela avaliação da radiografia dentária das participantes do estudo, notou-se que a maioria das mulheres com suspeita de osteoporose, teve sua doença confirmada pela densitometria óssea. Porém, um número considerável de mulheres consideradas como não portadoras da doença, apresentou diagnóstico da osteoporose após avaliação pela densitometria.
Quando se avaliaram os achados da radiografia dentária, associados a um questionário específico, que aborda os principais fatores de risco para a osteoporose, houve uma melhora da acurácia na identificação da doença.
Dessa forma, tal abordagem diagnóstica conjunta, pode ser um instrumento útil na seleção das mulheres, que devem ser submetidas a densitometria óssea. Assim, é possível identificar a doença nas fases iniciais, o que permite tratamento adequado e melhor qualidade de vida futura.


Fonte: Bone, 40 (1): 223 – 229 (January 2007).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

EXAME DE FEZES, MATERIAL PODE SER GUARDADO E POR QUANTO TEMPO

Quando o médico solicita um  exame parasitológico de fezes – EPF , normalmente o paciente não consegue  colher a amostra  no próprio laboratório, geralmente tem mais facilidade para colher no seu lar, entretanto, dependendo do horário, o laboratório estará fechado, outras vezes não é possível levar o material no mesmo instante que fez a coleta, veja aqui o que pode ser feito nestes casos, e  se realmente pode guardar as fezes na geladeira e por quanto tempo para testes epf, cultura, rotavírus e sangue oculto . O teste EPF vai investigar se existe protozoários e  e/ou helmintos neste material biológico, conforme informamos, ao realizar o  exame de fezes, não necessita ficar jejum antes da coleta , o procedimento pode ser realizado em casa, mas algumas recomendações devem ser seguidas para que o resultado seja fidedigno. Como coletar amostra de fezes e conservar antes de levar ao laboratório A coleta da amostra de fezes pode ser realizada a qualquer momento do dia, se for possív

Quem tem implante dentário pode fazer Ressonância Magnética?

Uma dúvida comum no mundo dos diagnósticos por imagem é: quem tem implante dentário pode fazer Ressonância Magnética? Para as pessoas que estão pensando em fazer implantes dentários e ressonância magnética, pode ser melhor pensar sobre isso antes de passar por esses dois processos, um após o outro. Com base em pesquisas, pode haver algumas dificuldades relacionadas aos implantes dentários para pessoas que são obrigadas a fazer uma Ressonância Magnética. No entanto, isso não significa que passar por este procedimento médico não seja mais recomendado. É apenas sobre entender quaisquer riscos potenciais ou impactos biológicos da Ressonância Magnética para pessoas com implantes dentários. No próximos tópicos vamos explicar melhor a relação entre os dois procedimentos e entender se quem tem implante dentário pode fazer Ressonância Magnética ou se é melhor evitar. Imãs em implantes dentários No campo da odontologia, o uso de ímãs tornou-se bastante popular e funcional. P

DENTE DO SISO: EVIDÊNCIA DE UMA "ATROFIA" EVOLUTIVA?

Dentes do siso: evidência de uma “atrofia” evolutiva? Evolução ou uso inadequado? Um dos exemplos que os evolucionistas utilizam para fundamentar suas alegações é o fato de que temos problemas com os dentes do siso.  O  “dente do siso” é um termo popular para os nossos terceiros molares, que por vezes não se desenvolvem adequadamente.  Os terceiros molares são muitas vezes rotulados de “vestigiais” e tidos também como evidência para apoiar a suposta evolução humana a partir de um antepassado primata.[1-5]  Esse ponto de vista foi inicialmente proposto por Darwin, que concluiu:   “O molar posterior [dente do siso] foi tendendo a se tornar rudimentar nas raças humanas mais civilizadas. [...] Eles não cortam as gengivas até cerca do décimo sétimo ano, e eu tenho certeza de que eles são muito mais sujeitos à degradação, e são perdidos mais cedo do que outros dentes;   mas isso é negado por alguns dentistas eminentes.   Eles também são muito mais suscetíveis de variar, tanto na